Fórum discute soluções para desafogar unidades de saúde e ampliar acesso
A integração de todas as redes e a capacidade de regular os serviços foram as principais sugestões repassadas durante a abertura do Fórum de Urgências em Pernambuco: O desafio do enfrentamento às urgências. O evento aconteceu nesta terça-feira (07/06), no auditório da Secretaria Estadual de Saúde (SES), organizadora da atividade, em parceria com o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe).
“Urgência é algo que vamos ter que debater, alinhar discursos e promover interações. As urgências não são resolvidas apenas em hospitais ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A atenção primária também tem que estar preparada para integrar essa rede”, afirmou a secretária-executiva de Atenção à Saúde da SES, Tereza Campos, durante a abertura do evento.
Segundo a secretária-executiva, Pernambuco é, hoje, o segundo Estado com a maior rede de saúde pública do Brasil. Isso significa mais de 1,8 mil equipes de Saúde da Família (ESF), 1,9 mil unidades básicas de saúde, 14 UPAS, 11 hospitais de alta complexidade, 10 hospitais regionais, 9 hospitais de médio porte e 3 psiquiátricos. Tereza ainda reforça a atuação do Samu com o objetivo de salvar vidas. “Queremos o Samu em todo o Estado até 2014”, disse, lembrando que já há regulação do serviço na Região Metropolitana do Recife (RMR), Caruaru e Petrolina.
Tereza Campos pontuou ainda que a SES está reorganizando a rede com a implantação dos novos perfis dos hospitais, a classificação de risco, a qualificação profissional e o aumento de leitos. Há a expectativa de lançar, ainda este ano, urgência odontológica na rede estadual e o início dos trabalhos para colocar em prática as Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada (UPA E). “Temos que melhorar o modelo de atenção e ver a realidade para saber se a oferta corresponde à realidade da população”, explicou a secretária-executiva.
ATENÇÃO – Parceiro da SES no evento, o Cremepe reforçou seu compromisso em cuidar e acolher a população. “A relação médico-paciente nas urgências e emergências é algo especial, por causa do tempo, da necessidade de ações rápidas e invasivas. Temos que repensar o modelo, até para trazer mais segurança aos profissionais”, afirmou a presidente do Cremepe, Helena Carneiro Leão.
O encontro foi idealizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e a expectativa é debater o assunto em todos os Estados brasileiros. Em 17 de junho, um fórum regional reunirá representantes de todo Nordeste. Já em agosto, a reunião será com todas as unidades brasileiras.
Além do Cremepe, participaram do evento o Samu, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal (PRF), entidades e delegacias médicas, gestores municipais de saúde, coordenadores das UPAs e diretores dos Hospitais públicos, privados e conveniados ao SUS.
AÇÕES – Desde 2007, a SES tem avançado na estruturação da rede de urgência e emergência em Pernambuco. Depois de 40 anos, dois novos hospitais foram inaugurados: o Miguel Arraes, em Paulista, e o Dom Helder, no Cabo de Santo Agostinho. Com eles, 320 novos leitos e a capacidade de realizar 1,4 mil internações e 4 mil atendimentos por mês. Além disso, estão em funcionamento 14 UPAs, que representam mais de 130 mil atendimentos por mês. Para maior resolutividade do SUS, a SES implantou, ainda, o Acolhimento com Classificação de Risco nas grandes emergências da rede para atender mais rapidamente os pacientes, com prioridade para os casos mais graves – e não conforme a ordem de chegada.
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